sábado, 17 de agosto de 2013

chrysler 300c














O 300C volta ao Brasil após dois anos longe do país. O topo de linha da Chrysler ressurge em um momento de renascimento da própria empresa, sob commando da Fiat. Ele passou uma temporada no centro de estilo da marca italiana, onde ganhou charme e uma dose de refinamento. A ideia foi acrescentar algumas curvas, sem eliminar a aparência parruda do design norte-americano.
Os italianos preservaram a receita de 2004: linha de cintura elevada, arestas bem definidas e rodas grandes e vistosas. Os apliques cromados da dianteira, sob os faróis, foram mantidos, e a régua brilhante na traseira foi acrescentada para harmonizar a carroceria. Por dentro, a reforma foi radical. A simplicidade herdada da Dodge deu lugar a um painel curvilíneo atraente, que mescla couro, plásticos bem acabados e apliques de cromo fosqueado. Totalmente forrado de preto, o interior abusa da sobriedade. Até o teto utiliza tecido dessa cor. O uso de tons mais claros poderia arejar o ambiente.
Além da nova aparência, a mecânica chega com boas surpresas na categoria. O antigo 3.5 foi trocado pelo Pentastar 3.6 V6, elevando a potência de 249 para 286 cv. A transmissão de cinco marchas saiu de cena para a estreia da caixa E-Shift de oito velocidades. Esse conjunto trabalha de forma silenciosa, com trocas praticamente imperceptíveis, mas falta a opção de trocas sequenciais. Por ora, o equipamento não sera oferecido aqui. A 140 km/h, o motor gira a meras 2000 rotações, o que privilegia a maciez de rodagem e ajuda a economizar combustível. O sedã fez surpreendentes 13,2 km/l em ciclo rodoviário e 8,1 km/l na cidade. A título de comparação, é a mesma dieta do peso-pena JAC J3, com seu motor 1.3 de 108 cv.
A tela sensível ao toque de 8,4 polegadas no centro do painel é um convite para abrir mão da direção e viajar de carona. O visor controla áudio, vídeo e o GPS. Nele são exibidos os gráficos dos sensores de estacionamento, mas não há câmeras. Para um gigante de 5 metros, o auxílio por vídeo funcionaria melhor.
Para fechar o pacote, há bancos elétricos com memória, aquecedor e ventilação, xenônio e controle de pressão dos pneus. Com a renovação, o 300C volta a ser alternativa para quem se cansou dos alemães. Mas olhe para o Volvo S60 antes de assinar o cheque.

VEREDICTO

Influência da Fiat fez bem ao 300C, que revela boa evolução. Anda bem, agrada no visual e gasta pouco na estrada.

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