sexta-feira, 26 de abril de 2013

fiat viaggio













A Fiat entrou no Salão de Pequim 2012 sob pressão, acuada. Os italianos sabem que não podem mais errar e por isso optaram por uma estratégia humilde ao apresentar o sedã médio Viaggio em um estande de canto, numa área menor que à reservada à aliada Chrysler e suas marcas.
Na China, a primeira investida da Fiat caiu no vazio, levando à desastrosa retirada da marca em 2007. Ogrupo europeu assimilou o golpe e retornou ao país três anos depois, usando a local GAC (Guangzhou Automobile Company) como “sparring” (marcas estrangeiras têm de se associar a locais para operar na China).
Em dois anos, porém, faltava um movimento que levantasse a plateia: o chinês gosta de carro vistoso, às vezes até espalhafatoso. Mas principalmente, gosta de carro que pareça maior, um “carrão“, que dê a ideia de sucesso pessoal.
Sem repertório, mas com uma aliança na manga, a Fiat saiu-se com um novo sedã e aposta nele sua sobrevivência local: o Viaggio (que na fala chinesa torna-se “Viago“, palavra sem sentido e que é substituída pelos ideogramas do gerúndio “voando”, ou Fei Xiang) é a variação da marca para o americano Dodge Dart, apresentado no Salão de Detroit em janeiro, que por sua vez foi fabricado sobre a plataforma C-Evo, doeuropeu Alfa Romeo Giulietta.
É, sem dúvida, a melhor amostra da sinergia entre italianos e americanos. E a Fiat faz de tudo para deixar isso claro, já que num mercado dominado pela americana General Motors ser conterrâneo da líder pode, de alguma forma, ser a chave do sucesso.
Mas a Fiat também aposta nos números para chegar à vitória (ou ao menos para se manter viva no jogo): “OViaggio é o primeiro modelo colaborativo entre Fiat e Chrysler. Além disso, é o primeiro Fiat a ser fabricado aqui na China. Ele será, ainda, nosso primeiro modelo de volume”, afirmou um entusiasmado Gao Ran, diretor das divisões de vendas e merketing da GAC-Fiat.
Montado na unidade de Chanqsha, o Viaggio chega ao mercado local em setembro e, a partir de então, terá a missão de empolgar 140 mil chineses logo em seu primeiro ano nas lojas. Depois, se a estretégia funcionar, aumentará seu ritmo para chegar às 250 mil unidades. A competitividade para tanto virá do preço local, que deve começar em cerca de 120.000 yuans (ou RMBs, como preferem os chineses), equivalente a R$ 35.500. Um dos principais adversários, o FAW- volkswagen Sagitar (o nosso Jetta) custa iniciais 132.000 RMBs (quase R$ 40 mil).



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